NY sunset

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Monday 29 December 2014

Maçonaria às ruas




Quando a maçonaria sai às ruas para protestar, não o faz em vão.  E demonstra a acentuada gravidade da situação política irresponsável conduzida pelo governo federal.  Inclusive talvez esta não fosse a melhor denominação a um governo, chamar de governo. Considerando os envolvimentos de vários ministros, inclusive de novos, com pendências judiciais ou condenações acumuladas, sem falar no ex-presidente e na própria presidente reeleita, creio que a melhor denominação seria organização criminosa, pois ultrapassaram todos os limites legais e possivelmente admitidos.

Milton Friedman




Neste vídeo, Milton Friedman, em meio ao tema sobre distribuição de riqueza, é arguído acerca se um país em situação de inferioridade econômica, no caso a Índia, se antes este país não deveria equalizar-se em termos de potencial econômico frente a um país mais pujante, por exemplo, Estados Unidos, para só então, a partir disso, adentrar ao livre comércio, pois no entendimento da pessoa que pergunta, este país já iniciaria o processo de intercâmbio econômico em desvantagem. Vejam a resposta de Friedman.




Para acionar a legenda traduzida, é necessário ativar tela full screen; em seguida, no ícone que simula uma engrenagem, ativar legendas (subtitles c/c), em inglês; novamente clicar sobre este ícone engrenagem, sobre legendas c/c com o botão esquerdo do mouse, onde aparecerá opção para traduzir. Clicar em traduzir e escolher o idioma português.
 

Sunday 28 December 2014

A Reaganomia brasileira : - Rumo à derrocada

Artigo publicado no Jornal do Comércio - RS, em novembro/2011
 
 
 
Em 1950 o economista canadense Robert Mundell teorizou que, mediante taxas flexíveis de câmbio, a política de combate à inflação menos custosa seria aquela que conciliasse restrição monetária com aumento do déficit público (Modelo Mundell-Fleming).  Nessa proposta, quanto maior o déficit público maior a tendência de elevação da taxa interna de juros, aumentando o fluxo de capitais internacionais, valorizando o câmbio. Em contrapartida, as taxas inflacionárias se reduziriam. Argumento obviamente respeitável no curto prazo.
 
No longo prazo a sobrevalorização cambial inviabiliza exportações. Em 1981 o presidente dos EUA, Ronald Reagan, implementou tais medidas e conduziu os EUA e o mundo a uma recessão mundial (1983) pelo aumento das taxas de juros, derivando o segundo crash da Bolsa de Nova York, em 1987, e ao contágio sistêmico (por moral hazard) de muitos países entre 1994 a 2001 (México, Rússia, Sudeste Asiático, Brasil, Argentina).  
 
 
O caso brasileiro
No Brasil, a implementação dessa estupidez teve início em 2003. É avassalador o volume de gastos. Segue uma trajetória explosiva. Pelos dados do Ipeadata, entre 2000 e setembro de 2011 vem crescendo à média de 7% ao ano acima da arrecadação federal.
 
Em relação ao PIB, os gastos passaram de 21% em 2000 para 29% em 2011. Vem sendo mantida à custa de duas variáveis : - Elevados juros reais (os juros mundiais, descontada a inflação, oscilam entre negativos e 1%) e fluxo de Investimentos Externos DiretosIED. Os juros são mantidos elevados para atrair capitais externos (IED, a maior parte circulando no mercado financeiro), que auxiliam no fechamento das contas a partir da aquisição de títulos do governo (M4 – base monetária mais emissão de títulos).
 
O M4, descontado o M3, configurando apenas a emissão de títulos, já apresenta um volume em torno de R$ 5,481 trilhões (2010), ou 149% do PIB. Em 2011 já atingiu (até setembro) 171% do PIB. Em 2000 correspondia a 83%.
 
Por cálculos próprios, cada variação nos gastos do governo em R$ 1 bilhão, retroalimenta-se a dívida mobiliária em R$ 9,4 bilhões. Cada 1% de elevação da Selic tem-se R$ 232 bilhões de aumento na dívida mobiliária (R$ 19,3 bi/mês).  
 
A amortização dessa dívida variou 13% entre 2009 e 2010. E cada R$ 1 bilhão de aumento nessa variável retroalimenta-se essa mesma dívida em R$ 108 bilhões. Por conseguinte, já foram amortizados R$ 2,611 trilhões (PIB de 2007), de 2000 a 2011 (até setembro).
 
 
 
Desindustrialização     
O mais estarrecedor é que toda a asfixiante carga tributária (cerca de 36% do PIB) supre apenas 30% das necessidades anuais do governo. Os restantes 70% têm de ser cobertos por emissões de títulos; e isso há mais de 11 anos. A excelência administrativa para gerir esse colosso fica a cargo do Tesouro Nacional, Bacen e Receita Federal, únicos órgãos que “funcionam”.
 
Uma soberba de gastos que não está conduzindo o país a parte alguma em termos práticos. Não há defesa nacional aparelhada, saúde com dignidade, educação preparadora, segurança pública, justiça ou infra-estrutura. Somente um marasmo de 37 ministérios e uma miríade de ONG’s desonestas que chafurdam em sua própria burocracia. Além do básico que não temos em qualidade, o setor industrial padece ao suster essa celeuma do governo, e tentar manter-se.  
 
A industrialização brasileira está desaparecendo, sofrendo a maior onda de falências, fusões e aquisições de sua história. Hoje 30% de nossas exportações dependem da China. E 20% das exportações chinesas dependem da Europa; continente economicamente moribundo que está racionalizando tudo, já produzindo desaceleração no país chinês.
Pergunto : - Assim como a massa do universo que é finita, o que limitará a continuidade de sua expansão, também há uma finitude para a expansão irresponsável dos gastos públicos. Com uma recessão à nossa porta, e com uma bomba relógio armada, a explodir entre esse e o próximo governo, poderá a economia brasileira se recuperar inexistindo um parque industrial robusto e diversificado, que exporte produtos de qualidade com elevado valor agregado e tecnológico ?   

Eduardo Mendonça de Lima
Economista, Corecon-RS 6.502,
Especializ. Adm. Financeira e  
Projetos, pela- FGV. É avaliador
de Empresas

Friday 26 December 2014

Milton Friedman - Ganância



Um pouco de Milton Friedman, sem meias palavras, direto e objetivo, falando sobre ganância, que se constitui num sentimento humano de desejo acentuado por melhoria de vida, por meio da aquisição de bens materiais, segurança e conforto, meio que impele o homem ao progresso e desenvolvimento ao longo da história da humanidade. 
 
Neste sentido, exerce influência direta e tem relação com a economia.  Não deve ser confundida com a ganância (avareza) relacionada com a dos sete pecados capitais.

Crash test e Economia



O IIHS - Insurance Institute for Highway Safety - pertencente às seguradoras norte-americanas consiste num órgão que realiza testes de impacto para averiguar a segurança dos veículos por lá vendidos. Apresenta uma série de testes de colisão frontal e lateral, além de testes de capotamento, esmagamento de colunas do teto e da eficácia dos assentos e cadeiras para crianças.  Normalmente são impactos que ocorrem a 64 km/h (frontais), ficando os laterais em aproximados 44 a 48 km/h.  Recentemente, desde 2012, fora lançado o small-overlap, que consiste num impacto frontal que atinge somente 25% da área. Por ser um teste onde a pressão sobre a estrutura é muito acentuada, elevou os níveis de exigência estrutural de todas as montadoras naquele mercado. Este ano cerca de 71 veículos foram premiados por atingir bons níveis de segurança, sendo que no ano anterior foram 39. Mas somente 11 veículos receberam a distinção pela aprovação no small-overlap, significando que a maioria esmagadora dos veículos que dirigimos não será capaz de nos prover proteção a este tipo de impacto que é um dos mais comuns em estradas brasileiras.

E o que isso tem a ver com Economia ? Num país como o nosso, onde anualmente cerca de 60 mil pessoas perdem suas vidas, temos número não só crianças como profissionais em idade ativa. 

Há nesse componente o auxílio indireto decorrente da oferta de veículos inseguros que por aqui circulam, que não oferecem a devida proteção estrutural para seus ocupantes (desprezando-se nessa estatística um dos fatores diretos, qual seja, a situação precária das estradas nacionais). 

Numa explicação racional, os recursos que foram despendidos na preparação dessas crianças e profissionais tornam-se maiores que o retorno gerado à sociedade, bem como pelos custos de reposição da mão de obra perdida no mercado de trabalho.  Também os gastos com indenizações de seguros de vida e seguro obrigatório tornam-se elevados, vindo a impactar diretamente no preço dos seguros (vida e veicular). 

 
 
 

Thursday 25 December 2014

Reforma Tributária

Artigo publicado no Jornal do Comércio - RS - julho de 2013
 
 
Em 1992, eu trabalhava numa empresa norte-americana de fotocopiadoras e cursava Economia. Numa entrega de suprimentos na gráfica do subsolo do Ministério da Fazenda, em Brasília, deparei-me com documentos sobre um equipamento. Chamou-me atenção o título : - “Estudos e propostas para uma reforma tributária nacional”.

Agraciado com uma cópia, pude analisar um documento bem elaborado, com um cenário da carga nos países mais proeminentes e amplo diagnóstico envolvendo os tributos nacionais e a necessidade premente de mudanças diante de gargalos que viriam a surgir nos anos seguintes. Serviria de base para um projeto de nova lei tributária ao Congresso Nacional.  Passados 21 anos, a tão proclamada reforma não foi adiante. E o país se ressente com inúmeros obstáculos produzidos pelos impostos. Na educação, saúde, infra-estruturas como saneamento, energia elétrica, comunicações, portos, aeroportos, rodovias, defesa, pesquisa & desenvolvimento-P&D. O efeito Laffer é um conceito em Economia que especifica uma taxa ideal (ou carga tributária) à qual a arrecadação se efetiva em seu máximo.

Acima dessa taxa (ponto de inflexão da curva cuja arrecadação decai) os agentes econômicos e empresas passariam utilizar-se de meios os mais variados para sonegar ou pagar o menos possível, com reflexos notórios sobre o consumo, que se reduz.
Obviamente que há uma relação direta entre a renda presente na economia e os respectivos retornos em serviços públicos, de forma que a estipulação de uma taxa não é algo fixo, mas variável conforme especificidades e realidades de cada país. Mas são possíveis alguns exemplos : - Argentina, 23,6%; México, 22,8%; Chile, 21,9%; Canadá, 38%; EUA, 15,3%; Suécia, 51,6%; Alemanha, 43,4%; França, 49,9%; Japão, 33,5%; Coréia do Sul, 24%; Índia, 11,7%; China, 22,6% e Singapura, 15,6%. Países em desenvolvimento possuem média de 23%, enquanto nos de comércio internacional intenso, alguns asiáticos e os Estados Unidos, a taxa oscila em torno de 18% e nos desenvolvidos com foco no bem estar social, média de 43%.

Desnecessário dizer que o Brasil, com carga de 39,2% do PIB, considerando sua renda, não se enquadra entre os países que mais atraem o Investimento Externo Direto-IED-, tampouco entre aqueles que oferecem serviços minimamente adequados. Mas sabe arrecadar. Entre 1998 e 2012, a arrecadação obteve acréscimos com variações médias de 13,10% ao ano, ao passo que os incrementos anuais da inflação ficaram em 9,43%. Um código tributário ideal deverá focar a simplicidade de mecanismos de arrecadação, conteúdo reduzido de tributos, teor de impostos mais diretos sobre o consumo e a renda (com variados estratos), bem como, e principalmente, maior distribuição dos recursos aos estados e municípios, em que aqueles vêm recebendo 25%, e estes, 3,5%, respectivamente. Ora, como querer que municípios suportem suas demandas com recursos tão pífios ?

É nas cidades que se gera desenvolvimento, devendo, portanto, ser retido o necessário para sua independência do governo central, uma vez que a CF-88 garante-lhes status de entidade federativa autônoma.  Por último, uma reforma tributária é a primeira das questões. 

Sem uma revolução administrativa do governo central, de otimização de recursos, ministérios e prioridades por temas relevantes como acima enumerados, nada restará produtivo.  É preciso planejamento e liderança com punho de ferro em cenário de guerra, como vem exigindo o país. Para que tanto o executivo quanto o legislativo executem o que desses poderes se espera : - Representatividade, desenvolvimento, liberdade, igualdade, humanidade.
 

Eduardo Mendonça de Lima
Economista, Corecon-RS 6.502

Brasil : - Uma “democracia” marxista




O mal se nos apresenta de muitas formas. Uma delas atende por gramscianismo. Provém da filosofia nihilista, consistindo na estratégia de dominação do PT, cuja essência é a desconstrução de valores tradicionais da sociedade, onde o certo ou o errado inexistem. Está presente no governo, estatais e universidades. Escândalos como o mensalão, petrolão, cartilha gay nas escolas, fraude eleitoral para presidente, mostram que deparamo-nos com coprofagia e aparelhamento. Este partido comete crime gravíssimo contra nossa soberania, previsto no art. 17 da Constituição, ao associar-se e financiar o Foro de São Paulo, entidade comunista internacional.
 
Está em tramitação o PL 137/04, da poupança fraterna, que limita o consumo das famílias em 30% da renda, ficando o saldo restante numa poupança compulsória com rendimentos 50% inferiores aos da poupança e resgate em 14 anos, cujo “rendimento” será solapado pela inflação. Já o decreto 8.243/13 cria, à semelhança da Venezuela, os conselhos populares, que dominarão o planejamento de governo, ficando também acima dos outros poderes constituídos. Já a Unasul criou uma unidade de cooperação, coordenação e observação (defraudação) eleitoral, bem como a Escola Sul-Americana de Defesa para formação de civis e militares em altos estudos (de guerrilha) na área.
 
 Estes fatos somados à aprovação da lei complementar 276/02, que permite ao presidente conceder trânsito e a permanência temporária de forças estrangeiras no Brasil sem autorização do Congresso Nacional, configuram um perigo à nação, dificultando sobejamente quaisquer reações de forças armadas de qualquer país sul-americano cujo governo esteja alinhado com Cuba.

O PL 36/14 subverteu a LDO – Lei de Diretrizes Orçamentárias. Um crime abjeto e irresponsável, com deputados comprados por decreto. O nome de Levy é apenas para “o mercado ver”. Este PL atinge a economia ao reduzir os compromissos de pagamento para amortizar a dívida mobiliária, o que a fará expandir no tempo pelos juros pagos a menor.
 
Essa dívida líquida, que já é de R$ 2,051 trilhões, sofreu uma variação de 329% ante dez/2002. Pela tendência de crescimento dos gastos públicos, já vultosos, haverá déficits crônicos de governo e que terão de ser cobertos por novas emissões de títulos de dívida, aumentando-a ainda mais, vindo a expor o país a risco (default e moral hazard) e decair a atratividade para os investimentos externos, que foram nosso motor nos últimos anos.
 
A inflação, correlacionada com déficits públicos, tenderá ao descontrole. A Selic terá elevações fortes para contê-la, assim como à fuga de capitais, que pressionará a taxa de câmbio. Havendo um final para esse processo teremos uma nação depauperada, reduzida a um processo de estado estacionário, onde a depreciação da infra-estrutura e das cidades terá superado o investimento. E nossa indústria estará defasada e inoperante quanto à inovação, produtividade e competitividade. Enquanto esses bandidos implementam rapidamente suas estratégias, incumbem-se também em destruir nossa já combalida economia, para, acaso tenhamos um sucessor de oposição, este perca seu tempo tentando reconstruir alguma coisa, ficando no inconsciente coletivo do povo os anos “gloriosos” com o partido vermelho.

Impeachment ? Todos os 12 pedidos, consoante a lei 1.079/1950, foram rechaçados pelo Congresso. À sucessão, conforme a C.F.-88, os nomes do executivo, Congresso ou STF, não possuem confiança e/ou respeitabilidade : - Uns acocorados, nos termos de Aécio Neves. A solução urge e passa irremediavelmente por uma enérgica intervenção militar prevista no art. 142 da Constituição, a fim de que seja coibido o mal e restaurada a ordem, a legalidade e a função justa dos poderes. Sejam lembradas também as outras organizações criminosas nessa limpeza.
 

Eduardo Mendonça de Lima
Economista, Corecon-RS 6.502