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Monday 5 January 2015

Vale a pena continuar investindo em ações da Petrobras e Vale ?

Considero interessante a leitura por meio do raciocínio do economista Samy Dana, a respeito do mercado acionário e ações da Petrobrás. Neste momento conturbado,  este explica-nos de forma direta e didática como proceder na hora de investir, com a devida estratégia.

Minha opinião ? Petrobrás e Vale apresentam movimentos correlacionados. Os preços de uma puxam os preços da outra. A primeira, estatal; a segunda, privada. Porém, ambas produzem commodities, cujos preços internacionais estão em queda. Ambas respondem (ou pelo menos respondiam) por cerca de 35% de todo fluxo movimentado na Bovespa. 

 
No curto-prazo, um mal negócio. E enquanto permanecer a organização criminosa no comando, pouco ou nada mudará na Petrobrás.  No longo prazo, por ser uma estatal (apesar de quebrada, mas em se estancando sua corrupção), o valor de mercado acionário tenderá à reversão, assim como as commodities. E governos futuros nela investirão, pois é estratégica ao país. Mas para recuperar o prejuízo com a queda de 75% no valor, serão longos anos para igualar o valor perdido, para só então começar a haver algum lucro, sem considerar a inflação do período.

Opte por renda fixa (curto prazo) e ouro (médio e longo prazos).   Imóveis somente ponderando o longo prazo, e se o enfrentamento de uma possível bolha imobiliária não lhe for problema. Entre ter um papel, que, embora possa vir a recuperar o valor, mas é um papel, e um imóvel, cujo valor é determinado por questões geográficas, demográficas e econômicas, pela segurança e caráter material, e não sob a ótica do investimento, é sempre preferível.






Vale a pena continuar investindo em ações
da Petrobras e da Vale?

05/01/2015 02h00

 
Pergunta é de O. S., de Bauru (SP)

Para qualquer investimento na Bolsa, é importante considerar que o real valor da ação é aquele que o mercado está pagando no momento.

Apenas para efeitos tributários são consideradas as variações de preço. Quando é realizado o lucro, paga-se o imposto relativo. Para prejuízos, existe a possibilidade de abatimento em outro ganho.

À parte da ótica dos tributos, não vender é o mesmo que continuar a comprar diariamente ou, em outras palavras, renovar a compra da ação por seu valor atual.
 
Sua ação Vale5, assim como a Bolsa, possui um risco muito elevado. Recomendo que não ultrapasse 10% de seu patrimônio em renda variável, uma vez que o retorno esperado por esses papéis não compensa a alta volatilidade envolvida na aplicação.

 

DIVERSIFIQUE AS AÇÕES
De forma simplificada, pode ser interessante distribuir o investimento em sete ações de setores diferentes, como o bancário, o educacional e o de exportação. Dessa maneira, é possível diversificar a aplicação e diluir o risco.

O investimento em uma única ação contribui para o aumento da probabilidade de perda, pois somam-se os riscos envolvidos na Bolsa e o específico do papel. Por isso, tal formato se mostra bastante desinteressante.

Sua ação Petr4, por sua vez, conta com um risco maior que a média das ações. Isso ocorre tanto pelos recentes fatos e processos sofridos pela Petrobras, como também por se tratar de uma empresa com alta interferência estatal que nem sempre visa os interesses dos investidores.

 

AÇÃO X JURO
Não se pode esquecer que o Brasil é um país de taxas de juros altas, ou seja, um investimento em ações precisa subir consideravelmente para ser mais interessante que a renda fixa de baixo risco.  A Selic (taxa básica de juros) deve atingir 12,5% ao ano ainda no primeiro trimestre. Quando se investe em ações, portanto, perde-se a possibilidade de ganhar esses 12,5%. Assim, caso o investimento em renda variável apresente valorização inferior a esse nível, pode-se considerar que houve perda relativa, sobretudo se ponderado o risco.

 
PROTEÇÃO
Por fim, a estratégia de venda de opções de compra de ações, combinada ao posicionamento nos papéis, possibilita a minimização de riscos, pois limita as perdas e os ganhos. Nessa estratégia, é importante identificar o preço de exercício ideal para que realize um bom lucro caso o papel valorize, ou evite perdas significativas em caso de desvalorização da ação.


 
Samy Dana possui Ph.D em Business, doutorado em administração, mestrado e bacharelado em economia. Atualmente é professor na Escola de Administração de Empresas de São Paulo da FGV, criador e coordenador do Núcleo de Cultura, Criatividade e Comportamento - GVcult. É consultor de empresas nacionais e internacionais dos setores real e financeiro e de órgãos governamentais. É autor de diversos livros.

 

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